Cobertura Doctor Who World Tour – Rio de Janeiro

10592989_937103359640595_2899877636366604324_n

 

Antes de falar sobre como foi a Doctor Who World Tour, gostaria de agradecer imensamente à BBC, principalmente ao Pedro Abanto, por convidar o Universo Who para o evento. É muito bom ver como o canal considera os veículos brasileiros de notícias whovians algo importante na divulgação do programa no país.

Cheguei ao auditório Vivo Rio por volta das 14h30 e já havia alguns fãs por lá, com cosplays de Clara e 11º Doctor. Em certo momento, iniciou-se uma brincadeira de mímica com nomes de episódios (quantas maneiras que dava pra fazer A Good Man Goes to War…) e, pouco tempo depois, estenderam uma toalha para um piquenique, que teve até participação da mini TARDIS, adereço oficial que percorreu todos os pontos da turnê.

10410089_937101602974104_930493851417864188_n

 

Muito mais pessoas chegaram em pouco tempo e, com isso, a fila para retirar ingressos também cresceu absurdamente, assim como a fila para entrar (não entendi a lógica de se fazer uma fila se era lugar marcado, porém é um ótimo mecanismo de interação social). De repente, começou uma gritaria e correria absurdas. Segui o fluxo de gente, esperando ver algum dos três lindos, mas quem estava em frente à entrada era ninguém menos que um Cybermen, que fez pose por alguns minutos e, após muitas selfies, entrou novamente.

Vários outros cosplayers começaram a aparecer, inclusive de Doctors clássicos. Três destaques foram um 4º, um 8º e um War Doctor. Os portões abriram perto das 17h e os fãs entravam lentamente. Enquanto todos terminavam de se acomodar, subiu ao palco um apresentador espantosamente parecido com o Hank de Breaking Bad, que fez algumas interações antes de Deep Breath começar. Além de jogar várias camisetas da turnê, houve duas votações: uma para escolher o melhor monstro, na qual os Cybermen venceram os Daleks e os Weeping Angels (não achei justo, já que aquele na entrada estava obviamente fazendo boca de urna) e outra para o melhor personagem histórico, em que Shakespeare venceu Winston Churchill e Van Gogh. Além disso, foi feita uma tentativa meio bizarra de um quiz; digo bizarra porque não faz muito sentido perguntar coisas como o pseudônimo terráqueo do Doctor em uma sala com 2000 whovians obcecados. Não dava tempo nem de terminar a pergunta!

Enfim começaram a exibir o episódio e, além de um pop-up de anti-vírus que apareceu no começo, a projeção central estava um pouco comprometida, com uma coloração estranha que não existia nas telas laterais. Mas nada disso atrapalhou a experiência que foi ver em primeira mão a estreia do 12º Doctor junto a uma fantástica reação dos fãs. Cada primeira aparição, piada e momento emocionante era potencializado pelos gritos, palmas, risos e suspiros de todos. Acho que não me arrisco ao dizer que, justamente por isso, todos que estavam lá gostaram muito do episódio.

Após um intervalo, começou o tão aguardado Q&A. Primeiramente, entraram os moderadores: Marcelo Forlani, do site Omelete, e Raquel Temistocles, da revista Monet, que logo chamaram Steven Moffat. Após algumas perguntas, foi a vez de chamar Jenna Coleman, que, assim como o Moffat, entrou pela direita do palco. Mais algumas perguntas e chegara a vez do momento alto da noite: Peter Capaldi teve uma épica entrada por um tapete vermelho no centro dos assentos, cercado de câmeras e seguranças. Aplausos se seguiram por alguns minutos, impedindo-o até de falar alguma coisa.

10624871_937103516307246_7853237805019069441_n

10348431_937103589640572_837748225510038691_n

10628132_937103779640553_8133664936887303935_n

 

O bate-papo foi muito bem moderado, com Forlani e Temistocles mantendo sempre um bom ritmo nas perguntas. Talvez alguns fãs tenham ficado chateados por não abrirem para a plateia perguntar, mas na minha opinião, foi melhor ter ocorrido uma seleção prévia de perguntas enviadas por redes sociais, pois garantiu respostas sempre interessantes de cada um. Para mim, a maior surpresa foi uma certa humanização do Moffat, que sempre me pareceu uma pessoa um pouco fria; ele contou que, quando era criança, sofria bullying e via o Doctor como um personagem que se importaria com ele, ao contrário de outros heróis como, por exemplo, James Bond.

Alguns outros momentos de destaque:

– Peter Capaldi contou que estava filmando na Suíça quando descobriu que tinha conseguido o papel, mas não podia contar para ninguém. Então, o máximo que fazia era andar pelas ruas cantarolando a música tema.

– Quando perguntados sobre o melhor vilão, Moffat respondeu que a resposta correta é os Daleks (“você poderia achar que é outro, mas você estaria errado”), Jenna prefere os Silents e os Weeping Angels e Capaldi brincou que eram os Chumbleys, robôs que apareceram no arco Galaxy 4 da série clássica, mas depois disse “é claro que são os Daleks!”

– Capaldi voltou a mencionar o Doutor Misterio, nome pelo qual a série foi traduzida no México.

– Jenna contou uma história sobre a primeira cena que eles gravaram, a sequência em que o Doctor sai da TARDIS pela primeira vez no início de Deep Breath. Os dois estavam apertados dentro da cabine e Peter Capaldi deu um beijo na sua bochecha. Ao ouvir isso, Moffat exclamou: “Eu disse que não ia haver mais flerte e descubro que ele anda beijando ela na bochecha!”

– Sobre a longevidade da série, Moffat disse que é porque está sempre começando. “Com um novo Doctor, a história começa de novo. Você não precisa ver nada antes disso, pode começar exatamente aqui.”

– Perguntaram para o Capaldi como seria uma série de TV criada por ele. Sua resposta: um alien chamado Professor Moon viaja por todo o tempo e espaço em uma cabine de polícia, e é interpretado por Steven Moffat.

– Após o bate-papo, Peter Capaldi agradeceu aos fãs que compareceram em todas as paradas da turnê mundial, também àqueles que se encontram em pequenas vilas e que não puderam estar lá.

Photobomb básico do segurança

10534541_937104202973844_8405746449572483523_n

 

Foi um dia extremamente divertido e ouvir aqueles três falando da temporada que está por vir com tamanha empolgação aumentou mais ainda minhas expectativas. Peter Capaldi, além de um ótimo ator (o que já era evidente), se mostrou uma pessoa muito apaixonada pela série e tenho certeza que dará seu máximo no papel. Que venha o 12º Doctor e, junto com ele, mais eventos whovians no Brasil (que não machuca ninguém).

Nos acompanhe e curta nosso conteúdo!